Ativista ateia é multada por ir seminua à missa de Natal

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4/12/2014 - 11:52

Participante do Femen queria defender o direito ao aborto gratuito e sem restrições

por
Jarbas Aragão


Ativista ateia é multada por ir seminua à missa de Natal
Ativista ateia é multada por ir seminua à missa de Natal

Quando as ativistas do grupo feminista Femen saem seminuas pelas ruas de diferentes países, quase sempre chamam atenção para a causa que defendem. Geralmente, acabam detidas, mas não sem antes serem fotografadas pela mídia e exporem as mensagens que costumam escrever no corpo.

Mas isso está mudando. Em um caso exemplar, a justiça da Alemanha condenou a estudante Josephine Witt, 21, de Hamburgo, a pagar uma multa de 1.200 euros (cerca de R$ 3.800). Ela invadiu uma igreja na hora da missa, nua da cintura pra cima, e com a frase “I am god” (“Eu sou Deus”) escrita no peito.

O incidente ocorreu na missa de Natal do ano passado na catedral de Colônia.  O tribunal da cidade emitiu o juízo após ela se declarar culpada de perturbação da ordem em uma celebração religiosa. Aos repórteres, disse que sua manifestação “era e continua sendo necessária”.

O Femen, o grupo feminista, fundado na Ucrânia em 2008, já fez manifestações semelhantes em outros países, mas essa é a primeira vez que suas ações em um país europeu não se livram de condenação baseadas no discurso de “liberdade de expressão”.

Josephine disse ser ateia e que o fato de estar nua em um templo cristão não deveria ser problema, uma vez que as representações nos afrescos pintados por Michelangelo na Capela Sistina também estão. “Eu não queria perseguir ninguém”, acrescentou. “Até mesmo Jesus está seminu pendurado na cruz”.

Explicou ainda que seu objetivo era reivindicar o direito ao aborto livre, gratuito e sem restrições. A frase escolhida refletia seu pensamento de não precisar submeter seu corpo a uma divindade. Seu julgamento irá continuar e ela pode pegar até 3 anos de prisão.

Os temas mais comumente defendidos pelas ativistas são o aborto, a descriminação com as mulheres, a homofobia e o turismo sexual. O grupo já invadiu o Vaticano e mandou o papa calar a boca, e catedrais na França e na Ucrânia.

Os tribunais europeus geralmente não infligem nenhum tipo de pena. Na maioria das vezes elas são detidas, levadas para uma delegacia, ouvidas e liberadas. Contudo, na Tunísia, país de maioria muçulmana, três ativistas do Femen foram condenadas a 4 meses de cadeia por protestarem seminuas na rua. Com informações DW

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Via: noticias.gospelprime.com.br


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