Sara Winter afirma ter mudado após estudar e
entender o feminismo (Foto: Luna D'Alama/G1)
A integrante da vertente brasileira do grupo feminista Femen, Sara Winter, falou pela primeira vez sobre o texto que escreveu em que critica “A Marcha das Vadias” e que circulou no último mês nas redes sociais e gerou protestos contra o grupo. Segundo Sara, que foi entrevistada pelo Jornal da EPTV nesta terça-feira (4), ela fez o blog antes de conhecer o feminismo.
Veja fotos dos protestos da ativista
“Com 18 anos eu tive meu primeiro contato com a marcha das vadias, achei muito estranho. Eu era contra esse tipo de protesto, não tinha contato com o feminismo, com a história, não tinha o embasamento teórico necessário. Tinha a mesma reação que a maioria da sociedade e escrevi na época. Conforme fui crescendo, estudando e amadurecendo, minha mente se abriu e consegui enxergar a finalidade”, justificou.
Hoje com 20 anos, a ativista natural de São Carlos (SP) afirma ter entendido o ideal da marcha e por isso se aproximou do Femen, onde é a precursora no Brasil. Sara conta que desde da adolescência era conservadora e somente depois disso mudou.
“Eu era uma menina bem nerd. Mas hoje sou totalmente Femen e pretendo continuar com isso para o resto da minha vida. Assim como era, a sociedade brasileira ainda é muito machista e moralista e é isso que estamos tentando mudar”.
Topless
Para a ativista, mostrar os seios é a maior arma do movimento e funciona como uma forma de provocação e de chamar a atenção para os ideais do Femem, que são: combate a violência sexual e exploração sexual pelo mundo.
“A partir do momento em que você não vê o corpo ironizado, ele vira um nu político uma arma de protesto, usamos o corpo com uma forma de provocação contra os responsáveis da indústria do sexo”.
Ativista reclama da ação da polícia brasileira e de comentários machistas (Foto: Nathália Duarte/G1)
Polícia brasileira
Sara faz críticas ao modo de ação da polícia brasileira contra o movimento. No país, o Femem já realizou protestos na embaixada russa e também no Masp em São Paulo. A ativista disse que ouviu comentários machistas dos policiais.
“Eles diziam que a gente fazia isso por ser solteiras, se fosse casadas não poderíamos estar ali, já que nenhum marido iria aceitar. Contavam que se a mulher deles fizesse algo parecido daria um soco na cara. Incitaram a violência doméstica, um dos pontos que queremos combater”, completou.
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Via: g1.globo.com
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