Europa
Três líderes do Femen pretendiam realizar um novo protesto na Eurocopa 2012
Sequestradas: site do Femen pede informações sobre Alexandra, Yana e Anna
(Divulgação)
Três líderes ativistas do grupo feminista ucraniano Femen teriam sido sequestradas nesta sexta-feira na cidade de Donetsk, onde a Ucrânia enfrentou a França em uma partida da Eurocopa 2012. As mulheres, Alexandra Shevchenko, Yana Zhdanova e Anna Bolshakova, haviam chegado de manhã à cidade para protestar contra a realização do campeonato no país - segundo elas, o evento favorece o turismo sexual.
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Segundo o grupo, elas eram seguidas por 15 homens desconhecidos e se separaram para tentar despistá-los. Às 16 horas locais (10 horas de Brasília), o contato com Alexandra foi perdido, e uma hora depois não se tinha mais nenhuma notícia das outras duas. A polícia local negou qualquer envolvimento com o desaparecimento das ativistas.
No site do Femen, os homens são descritos com uma aparência semelhante à dos membros da agência de espionagem ou das forças de segurança da Ucrânia. No mesmo informe, o movimento se disse "extremamente preocupado com a vida e a saúde das ativistas sequestradas". Anna Gutsol, uma das principais líderes do grupo, suspeita que o grupo de sequestradores esteja ligado a uma oligarquia local poderosa.
Protestos - Esta não é a primeira manifestação do Femen contra a Eurocopa - desde que foi anunciado que a sede do torneio seria em seu país natal, as ativistas se opuseram à realização. Segundo elas, a Eurocopa contribui para um problema já recorrente na Ucrânia, o turismo sexual. Em maio, duas integrantes tentaram, em vão, roubar a taça da Eurocopa, e acabaram presas. Elas fingiram que iriam tirar uma foto ao lado do prêmio, tiraram a blusa e agarraram o troféu, mas foram rapidamente impedidas por seguranças. Assista no vídeo abaixo:
Histórico - O sequestro é semelhante ao acontecido em dezembro de 2011, quando três ativistas foram capturadas em Minsk, capital da Bielo-Rússia, em um protesto contra o presidente Alexander Lukashenko. Elas disseram que seis homens da KGB, agência de espionagem do país, capturaram as mulheres e as levaram para uma floresta remota, onde teriam jogado óleo sobre elas e ameaçado atear fogo. Após terem os cabelos cortados e alguns machucados, as ativistas foram abandonadas no local.
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Via: veja.abril.com.br
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