O grupo feminino Femen alega que três ativistas foram sequestradas em Donetsk antes da partida entre Ucrânia e França, pela segunda rodada da fase de grupos da Eurocopa de 2012. Elas ainda indicaram ao jornal britânico The Guardian que o governo ucraniano pode estar por trás do crime.
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A líder do grupo Alexandra Shevchenko, Anna Bolshakova e Yana Zhdanova chegaram ao palco da partida no começo da última sexta-feira e reclamaram que um grupo de 15 homens as estavam seguindo. As ativistas perderam contato com Shevchenko às 16h (locais) e com as outras duas uma hora depois.
Em seu site, a Femen diz que os homens pareciam "forças de segurança da Ucrânia ou espiões" e que a região de Donbass, onde fica o estádio, é "uma área autônoma de bandidos". Ao Guardian, uma das líderes Anna Gutsol disse suspeitar que o sequestro esteja ligado a uma poderosa oligarquia local. A polícia de Donetsk negou qualquer envolvimento no sequestro das mulheres.
A Femen protagonizou vários protestos antes da competição, alegando que a Eurocopa poderia aumentar a prostituição na Ucrânia, que sedia o torneio ao lado da Polônia. Geralmente, as mulheres do grupo manifestam-se seminuas.
Em dezembro do ano passado, Shevchenko alegou ter sido sequestrada e torturada ao lado de duas colegas por membros da agência de espionagem KGB da Bielorrússia, enquanto estavam naquele país para protestar contra o autoritário presidente bielorrusso Alexander Lukashenko.
As mulheres disseram que foram pegas por seis homens em um ponto de ônibus em Minsk e levadas até uma floresta. Os sequestradores teriam jogado óleo nelas e ameaçado cortar seus cabelos. Elas sofreram cortes e lesões antes de serem abandonadas no local.
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