Inúmeras ativistas da organização feminista ucraniana Femen tiraram suas roupas nesta sexta-feira, em frente à Catedral de Cristo Salvador, em Moscou, para protestarem contra o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, e o resultado das eleições parlamentares do último domingo.
Segundo as agências locais, as ativistas do Femen, apresentando cartazes com a frase "Deus expulsa o Czar", tiveram que enfrentar temperaturas abaixo de zero para realizar o protesto contra Putin. A frase escrita nos cartazes é uma versão da "Deus salve o Czar", presente no hino da Rússia imperial.
As feministas confessaram que foram até Moscou somente para apoiar à oposição russa nos protestos contra a suposta falsificação das eleições parlamentares pelo partido liderado por Putin, o governista Rússia Unida (RU).
Além dos cartazes, as mulheres do Femen, que realizaram seus protestos durante alguns minutos perante o atônito olhar dos fiéis ortodoxos, também estampavam uma cruz pintada em seus corpos.
"As ações da oposição não parlamentar russa nos cativaram ao não reconhecer os resultados da máquina russa de engano eleitoral", assinala o Femen, em uma nota divulgada no site da organização.
"Esperamos com impaciência o dia 10 de dezembro, data do nascimento de uma nova Rússia sem sem-vergonhas e presos políticos", completa a nota, em alusão a grande manifestação que será realizada no sábado em Moscou.
Os membros da segurança da catedral ortodoxa mais importante do país tentaram conter o protesto das feministas. Mas, as manifestantes resistiram e conseguiram deixar o local antes da chegada da polícia. "As ativistas do Femen conseguiram burlar a Polícia moscovita e realizaram sem castigo uma ação não autorizada no centro de Moscou", assinalaram.
Reconhecidas no mundo todo, as ativistas do Femen ficaram famosas por suas provocantes manifestações em defesa dos direitos das mulheres.
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