As três integrantes da banda punk Pussy Riot, que foram presas e sendo julgadas por um protesto contra o Kremlin feito no altar de uma igreja, ganharam nesta sexta-feira (17) mais um apoio: as ativistas do grupo feminista Femen.
Em protesto, as mulheres do Femen usaram uma motosserra para cortar uma cruz ortodoxa erguida em memória às vítimas da repressão política em Kyiv.
Integrante do grupo Femen corta cruz ortodoxa (Foto: AFP)
A prisão das Pussy Riot tem gerado as mais diversas manifestações. De Madonna ao ex-Beatle Paul McCartney, as estrelas pop do mundo pediram publicamente pela libertação das três integrantes da banda punk russa.
Red Hot Chilli Peppers foi um dos primeiros grupos que prestou apoio às jovens - campanha que foi imediatamente seguida por Sting, Peter Gabriel, The Who e Bjork, entre outros.
Julgamento
Nesta sexta-feira (17), um tribunal de Moscou irá emitir o veredicto, após o julgamento das três mulheres que cantaram uma "oração punk" no altar da Cristo Salvador em fevereiro, pedindo para que a Virgem Maria livrasse a Rússia de Vladimir Putin, o então primeiro-ministro.
Promotores querem que o juiz condene Nadezhda Tolokonnikova, de 22 anos, Maria Alyokhina, de 24, e Yekaterina Samutsevich, de 30, por vandalismo motivado por ódio religioso, com pena de três anos de prisão para cada uma.
As acusadas estão detidas desde logo depois de sua apresentação, que ofendeu muitas pessoas no país de maioria cristã ortodoxa. Os críticos do governo russo veem o julgamento como parte de uma repressão a dissidentes, à medida que Putin começa o seu novo mandato de seis anos como presidente.
O Pussy Riot decidiu realizar o protesto na catedral depois que o patriarca ortodoxo russo, Kirill, pediu voto para Putin às vésperas das eleições presidenciais de março, um fato que indignou não somente as integrantes do grupo, mas toda a oposição.
Durante o julgamento, uma das jovens chegou a afirmar que se trata de um processo político e que se tivessem cantado 'Madre de Dios, protege a Putin' não estariam diante dos tribunais.
(*com informações da Reuters)
Via: g1.globo.com
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