quarta-feira 11 de fevereiro de 2015 - 3:02 PM
Estadão Conteúdo / portal@d24am.com
Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), levou uma prostituta a seu gabinete em Washington em janeiro de 2010, quando exercia um dos cargos mais importantes do mundo das finanças, em meio à crise econômica internacional. A revelação veio à tona nesta quarta-feira, 11, durante sua segunda audiência no Tribunal Correcional de Lille, onde é julgado por favorecimento à prostituição.
A visita de uma garota de programa à direção-geral do FMI aconteceu a convite de Strauss-Kahn e era do conhecimento de seu staff. Durante o julgamento foi apresentada uma fotografia de Jade, uma das prostitutas envolvidas no Caso Carlton, como é chamado o escândalo sexual em uma rede de hotéis em Lille, na sede do fundo nos Estados Unidos. Em seu testemunho, a jovem afirmou que fora convidada a viajar a Washington, e que a condição era para que agisse de forma discreta, de maneira a ser apresentada como uma das secretárias de Strauss-Kahn.
Segundo Jade, a viagem foi paga. Questionada pelo juiz Bernard Lemaire sobre por que decidira aceitar o convite, a jovem não hesitou: "Por € 2 mil eu não diria não! Eu amo viajar e nunca tinha estado em Washington". A ex-prostituta também afirmou que Strauss-Kahn tinha conhecimento de que ela trabalhava em um clube de swing na França. "Há ingênuos e ingênuos. Nós não somos estúpidos", disse ela.
Interrogado pelo juiz, o ex-diretor-gerente confirmou que levou Jade à sede do FMI, mas fiel à estratégia da defesa disse não ter conhecimento de que se tratava de uma prostituta. Segundo ele, seria um risco "inconcebível" levar uma garota de programas ao fundo.
Via: new.d24am.com
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