A porta-voz do grupo feminista Femen, Inna Shevchenko, acusou hoje grupos mafiosos ligados ao governo ucraniano de provocarem o desaparecimento de três ativistas. Segundo Shevchenko, o comando da organização perdeu o contato com as manifestantes Alexander Shevchenko, Yana Zhdanova e Anna Bolshakova, que fariam um protesto antes da partida entre Ucrânia e França, pela segunda rodada do Grupo D da Eurocopa.
"Assim que chegaram à estação de trem de Donetsk, às 16h locais [11h de Brasília], elas me ligaram falando que estavam sendo perseguidas por um grupo de 15 homens. Depois, não conseguimos mais falar com elas. As ligações caem direto na caixa postal", disse a porta-voz, por telefone, à reportagem.
Apesar de não saber precisar o que aconteceu com suas companheiras, Shevchenko descarta que a perda de contato tenha sido acidental ou uma coincidência e lembra que as ativistas já foram sequestradas em situação semelhante em 2011. "Tenho certeza que foi planejado. Foi um grupo ligado à máfia. Eles já fizeram isso com elas em Minsk [Belarus], no ano passado".
A ativista, dona do melhor inglês entre as integrantes da alta cúpula do grupo, afirmou que a polícia já avisou que não tem conexão com os desaparecimentos em Donetsk. Ela, porém, não acredita nisso. "Aqui, tudo está ligado. É lógico que a polícia e o serviço secreto têm ligação. Sabemos que o governo ucraniano está envolvido. Somos inimigas dele", acusou.
Conhecidas por fazerem topless durante os protestos, as ativista do Femen são contra a realização da Euro na Ucrânia por considerarem que a competição aumenta o turismo sexual no país. Elas acusam o governo e a polícia de fazerem vistas grossas à prostituição por terem ligações com a máfia que comanda essa atividade.
Via: parana-online.com.br
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