Militantes do grupo feminista Femen protestaram nesta quinta-feira com os seios à mostra contra o islamismo em várias cidades europeias, diante de mesquitas ou de representações diplomáticas tunisianas.
Em Paris e em Kyiv, a polícia deteve participantes destas manifestações realizadas em ocasião do Dia Internacional da "jihad topless". As militantes manifestaram seu apoio a Amina Tyler, uma jovem que divulgou em meados de março fotos em que exibia os seios pintados com as palavras "Meu corpo me pertence, não representa a honra de ninguém".
Em Berlim, seis militantes protestaram com os seios nus, apesar do forte frio, em frente ao mais antigo local de culto muçulmano da capital alemã, a mesquita Ahmadiyya, gritando "Liberdade para as mulheres".
Em Kyiv, berço das Femen, duas jovens com os seios expostos se manifestaram diante da única mesquita da cidade, mas a polícia as deteve rapidamente.
Em Paris, por volta de quinze manifestantes tentaram se aproximar da embaixada da Tunísia, mas a polícia as deteve quando saíam do metrô, constatou a AFP.
Em Milão (norte da Itália), três militantes protestaram por cerca de dez minutos diante do consulado da Tunísia e em Bruxelas, cinco Femen se manifestaram em frente à Grande Mesquita, onde não havia policiais.
Nascido na Ucrânia, o movimento feminista Femen, conhecido por seus atos marcados pelo "topless" das ativistas, adquiriu nos últimos meses uma dimensão internacional.
A ideia de realizar ações de "topless" nasceu pouco depois da criação do movimento em 2008, quando em um protesto as mulheres escreveram palavras de ordem em suas costas, mas um fotógrafo captou apenas imagens de seus seios.
Com o grande sucesso midiático das fotografias, os protestos de "topless" se tornaram a marca do movimento.
Especialistas ucranianos criticam as ativistas por tentarem chamar a atenção de qualquer maneira.
Ao protestar contra tudo, as Femen "afetam a imagem (...) do verdadeiro movimento feminista", considerou Marianna Evsiukova, diretora em Kyiv da organização não governamental La Strada, que defende os direitos das mulheres.
Outros comparam o movimento das Femen a um projeto comercial, algo que as ativistas rejeitam.
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Via: noticias.r7.com
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