SÃO PAULO, SP, 1 de agosto (Folhapress) - A Justiça tunisiana ordenou hoje a libertação de Amina Tyler, 19, ativista do grupo Femen que estava em prisão preventiva desde de maio, quando foi detida por atentado ao pudor e violação do espaço sagrado.
Ela responderá em liberdade pelas acusações, que podem lhe render mais de dois anos de prisão. Amina foi presa em 19 de maio, após ter pintado o nome "Femen" no muro do cemitério de Kairouan.
Ela está sendo julgada no tribunal de Msaken, na província de Susa.
Seu advogado, Ghazi Mrabet, disse a uma rádio local que a decisão é "uma grande vitória", sobretudo depois do "assédio judicial" sofrido pela jovem.
Ativistas do grupo feminista Femen protestam em apoio a Amina, jovem tunisiana que causou escândalo ao postar fotos de si mesma com o peito nu na internet, em frente a mesquita mais antiga de Berlim, na Alemanha
A garota ficou conhecida em março após divulgar imagens contrárias à moral conservadora do país, em que aparece com os seios à mostra e o corpo pintado com frases como "Meu corpo é minha propriedade, e não é a honra de ninguém".
Desde então, ela diz que recebeu ameaças de morte por conservadores no país e já foi "sequestrada" pela própria família, tendo escapado em seguida.
A prisão em maio rachou opiniões entre associações civis à favor e grupos radicais islâmicos que a condenaram pelo comportamento.
A polêmica se intensificou quando três ativistas europeias, as francesas Pauline Hillier, 27, Marguerite Stern, 23, e a alemã Josephine Markmann, 19, protestaram seminuas em frente ao Palácio de Justiça contra a prisão da tunisiana.
Presas por atentado ao pudor e condenadas a dois meses de prisão, as três foram libertadas no fim de julho, mas não precisaram cumprir a pena.
Via: tnonline.com.br
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