Autoria: Folha.com.br em 1 agosto, as 19:45 Em Brasil
01/08/2013- 19h32
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A Justiça tunisiana ordenou nesta quinta-feira (31) a libertação de Amina Tyler, 19, ativista do grupo Femen que estava em prisão preventiva desde de maio, quando foi detida por atentado ao pudor e violação do espaço sagrado.
Ela responderá em liberdade pelas acusações, que podem lhe render mais de dois anos de prisão. Amina foi presa em 19 de maio, após ter pintado o nome “Femen” no muro do cemitério de Kairouan.
Ela está sendo julgada no tribunal de Msaken, na província de Susa.
Seu advogado, Ghazi Mrabet, disse a uma rádio local que a decisão é “uma grande vitória”, sobretudo depois do “assédio judicial” sofrido pela jovem.
A garota, que já deu depoimento à Folha, ficou conhecida em março após divulgar imagens contrárias à moral conservadora do país, em que aparece com os seios à mostra e o corpo pintado com as frases “Foda-se sua moralidade” e “Meu corpo é minha propriedade, e não é a honra de ninguém”.
Desde então, ela recebeu ameaças de morte por conservadores no país e já foi “sequestrada” pela família, tendo escapado em seguida.
A prisão em maio rachou opiniões entre associações civis à favor e grupos radicais islâmicos que a condenaram pelo comportamento.
A polêmica se intensificou quando três ativistas europeias, as francesas Pauline Hillier, 27, Marguerite Stern, 23, e a alemã Josephine Markmann, 19, protestaram seminuas em frente ao Palácio de Justiça contra a prisão da tunisiana.
Presas por atentado ao pudor e condenadas a dois meses de prisão, as três foram libertadas pouco mais de um mês depois, mas não precisaram cumprir a pena.
Via: boainformacao.com.br
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