A decisão do Gabinete francês de proteção de refugiados e apátridas (Ofpra) foi hoje confirmada pela própria militante em declarações à agência francesa AFP.
Numa conversa telefónica, Inna Shevchenko afirmou que tinha requerido asilo em fevereiro passado e que “tinha recebido recentemente” uma resposta positiva do Ofpra.
O Ofpra não confirmou, até ao momento, esta informação, que é “confidencial”, precisou um elemento do organismo francês.
Segundo documentos oficiais que o grupo Femen disponibilizou à agência noticiosa francesa, a decisão de admissão do estatuto de refugiado foi tomada a 09 de abril.
Na aplicação do código de entrada e permanência de estrangeiros e do direito de asilo (Ceseda), “a qualidade de refugiado é reconhecida a Inna Shevchenko”, que “estará sob a proteção jurídica e administrativa do Ofpra”, referiu um documento do organismo, citado pela AFP.
Segundo explicou a líder da Femen, este pedido de asilo foi “uma escolha estratégica”, porque “para desenvolver o movimento, precisamos de um lugar, de um país”.
Inna Shevchenko chegou a França em agosto de 2012 com um visa turístico.
A feminista recordou que foi ameaçada no seu país de origem com um processo legal, após ter participado num protesto contra a condenação do grupo punk feminista russo Pussy Riot.
As jovens do grupo russo entraram encapuzadas em fevereiro de 2012 na catedral do Cristo Redentor (ortodoxa) em Moscovo e cantaram uma canção de protesto na qual pediam à Virgem para “perseguir” o Presidente russo Vladimir Putin.
O movimento Femen, um grupo de feministas ucranianas, passou a ser conhecido em 2010 pelas suas ações de protesto em “topless” para denunciar o sexismo, a homofobia, a prostituição e a religião.
Em setembro de 2012, o movimento instalou-se em Paris “o primeiro centro de formação” do “novo feminismo”.
Via: noticiasaominuto.com
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