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"Nosso deus é mulher, nossa missão é protestar e nossas armas são nossos seios". Com este lema e fazendo topless, as meninas do grupo feminista ucraniano Femen se manifestam contra tudo e contra todos que ousem colocá-las em uma posição inferior à dos homens e conquistam espaço na Ucrânia e no mundo
Foto: Divulgação -
Para aqueles que enxergam apelo sexual em seus protestos, as ativistas são taxativas: "quem acha que somos sensuais só pode ser um idiota"
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Elas se dizem terroristas sexuais e fazem do "sexextremismo" o seu método de luta. Em quatro anos de existência, conseguiram chocar a conservadora sociedade ucraniana com atos polêmicos, como tentar roubar o troféu da Eurocopa e cortar uma cruz ortodoxa com uma serra elétrica no centro de Kyiv
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O Femen foi formado em 2008 com o objetivo de protestar contra o corte de água nas residências estudantis durante o verão, mas o movimento rapidamente cresceu e passou a lutar pela valorização da mulher não somente dentro da Ucrânia, mas também da imagem que os estrangeiros têm das mesmas
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O turismo sexual na Ucrânia é considerado barato e, aliado à aclamada beleza das ucranianas, coloca o país entre os destinos preferidos de quem quer pagar por sexo - bom e barato, como vendem as agências
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"Quem vê a gente na televisão não tem ideia da nossa história. Estamos há 10 anos trabalhando pelo que acreditamos. Todo a nossa vida é um ativismo político", explica Oksana Shachko, 25 anos, uma das líderes do grupo
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As ativistas acreditam que, graças à visibilidade do Femen, a mídia internacional colocou em discussão a situação das mulheres ucranianas e a indústria do sexo do país
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"Somos contra a legalização da prostituição. Temos que nos perguntar o porquê das mulheres começarem a se prostituir. Temos que debater a problemática do turismo sexual. A questão é que o (nosso) governo tem interesse no dinheiro que entra com os turistas que buscam sexo com as nossas meninas", conta Oksana
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"Se fizermos cartazes e formos às ruas, ninguém vai nos escutar. Descobrimos o nosso corpo como arma e chamamos atenção do governo e do mundo para as nossas causas", diz Kateryna Dmitrenko, outra ativista do grupo. "Nós só somos interessantes juntas"
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"A nossa popularidade nos põe em risco e muitas vezes na cadeia. Já poderíamos ser cantoras, atrizes, mas não queremos", conta Oksana
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Segundo as ativistas, a polícia secreta ucraniana fica dia e noite à paisana próximo ao escritório do Femen em Kyiv, numa rua ao lado da principal praça da cidade. Elas afirmam que as ações não podem ser planejadas na sede porque há microfones instalados ao redor do local
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"Aqui na Ucrânia, não há nenhum debate público sobre nada. Meninas da nossa idade devem estar casadas e ponto final. Muita gente diz que só queremos chamar a atenção, mas isso aqui já é muita coisa. Nada chama a atenção na Ucrânia. Nosso movimento é uma provocação e estamos satisfeitas se o resultado é esse", explica Kateryna
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Muitos veem certa incoerência em mostrar os seios para protestar contra a prostituição, mas as meninas do Femen argumentam que o topless que elas fazem não tem nenhum apelo sexual - é por isso que elas gritam durante o protesto, para deixar claro que elas estão lutando
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"Eu fui duas vezes à Rússia e fui presa nas duas vezes. Em uma das ocasiões, passei 20 horas sendo entrevistada pelo serviço secreto", conta Oksana. "Putin acha que ainda estamos na época da União Soviética"
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"Precisamos somente de uma pessoa e fazemos um protesto. Temos o nosso corpo e vamos utilizá-lo para mudar a política do nosso país e quem sabe do mundo"
Foto: Sandro Fernandes/Especial para Terra
"Nosso deus é mulher, nossa missão é protestar e nossas armas são nossos seios". Com este lema e fazendo topless, as meninas do grupo feminista ucraniano Femen se manifestam contra tudo e contra todos que ousem colocá-las em uma posição inferior à dos homens e conquistam espaço na Ucrânia e no mundo
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