A ex-ativista feminista Sara Winter, que ficou conhecida pelos protestos com o movimento Femen ao redor do mundo, vai lançar o livro “Vadia, não! Sete Vezes que Fui Traída pelo Feminismo”, relatando suas decepções com a militância extremista.
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Recentemente, Sara divulgou um pedido de perdão aos cristãos por suas críticas à religião e por ter praticado abortos antes de decidir levar uma gravidez adiante e dar à luz: “Eu me arrependi de ter abortado e hoje peço perdão. Meu texto começa assim. Porque é a síntese de tudo o que eu sinto”, escreveu, à época.
Agora, em entrevista ao portal Guia-me, Sara Winter voltou a condenar a ideologia de gênero e se disse surpresa por descobrir que os cristãos levam a sério um pedido de perdão: “Me sinto extremamente feliz e acolhida. Nunca imaginei que pessoas religiosas levassem a sério o ‘perdão’. Isso é um aprendizado a todos que criticam os cristãos”, afirmou.
Sobre a referida traição do movimento feminista, Sara conta que descobriu a divisão entre as colegas “após ter viajado e aprendido a protestar com o movimento Femen” na Ucrânia. “Nunca houve união dentro do atual movimento feminista brasileiro. É um ambiente completamente tóxico, repleto de fofocas, intrigas, humilhações e perseguições”.
Sara revelou que movimentos feministas e homossexuais se apoiam na ideologia de gênero para alcançar objetivos comuns: “Acredito que o propósito do feminismo em disseminar a ideologia de gênero é promover a destruição da família tradicional e de todos os valores morais da sociedade. Tudo isso, claro, com a desculpa de enfrentamento ao preconceito e homofobia”, disse.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, ela já havia expressado uma conclusão sobre a orientação política das mulheres feministas: “Não queria comprar mais briga com essas mulheres de esquerda. As mulheres que mais me acolheram em toda a minha vida eram mulheres de direita ou que não têm ideia nenhuma de feminismo […] O movimento não é essa coisa bonita que elas pensam ser […] Faz coisas boas para as mulheres? Faz, mas a maioria delas é burguesa, universitária, tem acesso à internet. Não chega até a mulher periférica”.
Agora, a ativista pretende alertar sobre os perigos do feminismo e se dedicar a evitar que mulheres se tornem adeptas desse pensamento: “O movimento feminista pode prejudicar mulheres de uma maneira irreversível. As constantes perseguições às mulheres que discordam das pautas vão do cyberbullying a ameaças de agressão física e morte. Além do incentivo à promiscuidade, a parar de tomar anticoncepcional e principalmente do incentivo e distribuição de abortivos, que podem levar mulheres a óbito”.
Ao final, Sara disse que “ser mãe é uma dádiva” e que hoje entende o discurso dos que pregam contra o aborto: “É uma experiência que toda mulher que deseja deve passar. Bebês não tem culpa do descuido, irresponsabilidade dos adultos. Precisamos interceder por eles”.
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