Autoria: Folha.com.br em 1 fevereiro, as 15:30 Em Tecnologia
01/02/2013- 16h03
RAFAEL CAPANEMA
DE SÃO PAULO
A ativista Sara Winter, 20, do grupo Femen Brazil, criticou o uso “sexista” de mulheres para atrair público em estandes e ações de empresas que participam da Campus Party, em São Paulo.
“Não é bacana. Não esperávamos isso de um evento que tem a obrigação de mostrar a igualdade entre gêneros, principalmente diante do preconceito que há contra a mulher no ramo da tecnologia e das ciências exatas”, afirmou Winter à Folha na noite desta quinta-feira (31).
Yuri Gonzaga/Folhapress
Sara Winter, ativista do grupo feminista Femen Brazil, na Campus Party Brasil, em São Paulo
A ativista diz esperar que “um evento de grande porte como a Campus Party faça um esforço para que a igualdade de gênero seja estabelecida”.
Segundo Winter, o padrão de beleza de algumas das mulheres contratadas por empresas expositoras para trabalhar na Campus Party é “totalmente imposto pela mídia ocidental”.
“Elas são magras, altas, têm cabelo liso e comprido, muitas vezes loiro. Nós sabemos que a grande maioria das mulheres não pertence a esse padrão. Achamos que isso foi totalmente sexista da parte do evento.”
Yuri Gonzaga/Folhapress
Modelo em estande de montadora durante a Campus Party; ativista do Femen critica uso “sexista” de mulheres no evento
Procurada pela Folha, a Futura Networks, organizadora do evento, afirmou que “não utiliza promoters que se enquadram em tal descrição”.
Apesar das críticas, o Femen não tem planos de protestar na Campus Party, segundo Winter.
“Precisamos estudar mais sobre isso, chegar a um consenso. Ao longo das próximas semanas, vamos avaliar o assunto, buscar informações, fazer uma pesquisa de opinião com outras pessoas. Esperamos que no próximo ano isso seja evitado.”
Winter participou de um debate sobre ciberativisimo na quinta-feira com outras integrantes do Femen e volta ao evento nesta sexta-feira (1).
Na quinta, o grupo fez um protesto no bairro da Liberdade, em São Paulo, contra o assassinato de prostitutas, depois da prisão de um suspeito pela morte de ao menos cinco mulheres.
Via: boainformacao.com.br
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