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Ativistas do grupo ucraniano Femen se manifestam contra primeiro-ministro, que deve vencer eleições presidenciais deste domingo
Três ativistas da organização feminista ucraniana Femen tiraram as roupas neste domingo para protestar contra o candidato favorito nas eleições presidenciais russas, o primeiro-ministro Vladimir Putin, no colégio onde minutos antes ele havia votado.
Eleição: Russos votam para eleger novo presidente
Funcionários de seção eleitoral tentam conter protesto de ativista do grupo feminista Femen em Moscou
Foto: AP
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As jovens entraram no local 15 minutos depois de Putin sair, tiraram a roupa e gritaram frases em coro como: "Putin fora!" e "Putin ladrão!". Elas também derrubaram a urna eletrônica em que o candidato votou.
A polícia as retirou imediatamente do prédio e tratou de cobrir seus corpos nus com casacos, nos quais traziam inscrições do tipo "Ratos do Kremlin".
O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, citado pela imprensa russa, comentou o episódio: "As meninas são tontinhas. Acham que isso é romântico. Mas falando sério: primeiro, é uma violação da ordem pública. Segundo, pelo que posso entender, ofereceram resistência aos agentes de segurança."
Peskov falou depois que Oxana Shachko, Anna Deda e Irina Fomina fossem detidas pela polícia. Apesar disso, os representantes da campanha de Putin deixaram claro que não denunciarão as ativistas, revelou a agência Interfax.
As ativistas da Femen ficaram famosas no mundo todo pelas ações provocativas que promovem em defesa dos direitos das mulheres e contra seus opositores políticos.
Votação na Rússia
Na votação deste domingo, Putin espera ser reconduzido à presidência para um terceiro mandato, após ter sido primeiro-ministro por quatro anos. Ele governou o país de 2000 a 2008, mas a Constituição russa impede que um presidente se candidate a um terceiro mandato consecutivo. Ele enfrenta quatro oposicionistas, três dos quais já derrotou em ocasiões anteriores.
A votação ocorre em meio a uma forte onda de protestos, indignação popular e ceticismo, provocada por acusações de que teriam ocorrido fraudes generalizadas a favor do partido de Putin, Rússia Unida, nas eleições parlamentares de dezembro.
As denúncias provocaram uma série de manifestações em diferentes pontos do país que reuniram cerca de 90 mil pessoas, desafiando um inverno rigoroso e temperaturas abaixo de zero.
A fim de aplacar os críticos, Putin anunciou a instalação de webcams nos 90 mil postos eleitorais do país, mas muitos na Rússia e entre a comunidade internacional questionam a eficácia da iniciativa. Em um relatório, a Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) afirmou que ''câmeras não podem capturar todos os detalhes do processo de votação, em especial a contagem de votos''.
Uma missão conjunta da OSCE e do Conselho Europeu formada por 250 pessoas monitorará as eleições. Milhares de russos se voluntariaram como fiscais eleitorais e receberam treinamento para saber identificar e denunciar possíveis fraudes.
*Com EFE e BBC
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Via: tosabendo.com
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