Três fundadoras do grupo feminista Femen, famoso por suas ativistas que manifestam em topless, anunciaram neste sábado que deixaram a Ucrânia por medo de repressão, após a descoberta de armas em seu escritório em Kyiv pela polícia ucraniana.
Alexandra Shevchenko, Anna Goutsol e Iana Jdanova "fugiram da Ucrânia temendo por suas vidas e sua liberdade", indicou o Femen em um comunicado publicado em seu site oficial.
As três ativistas vão "continuar suas atividades na Europa", afirma o comunicado.
As fundadoras do Femen decidiram deixar o país depois de serem chamadas para interrogatório pela polícia, de acordo com a mesma fonte.
Uma pistola e uma granada foram apreendidas pela polícia durante uma incursão terça-feira na sede ucraniana do grupo em Kyiv.
Após a descoberta, o Femen, que denunciou "uma provocação", anunciou o fechamento de seu escritório.
Por sua vez , a polícia Kyiv declarou neste sábado que as ativistas eram apenas testemunhas neste caso e que poderiam "se locomover livremente".
O grupo Femen ucraniano é alvo há várias semanas da justiça.
Três ativistas que se preparavam para protestar contra a visita à Ucrânia do presidente russo, Vladimir Putin, foram presas no final de julho em Kyiv e Goutsol foi agredida.
Elas acusaram os serviços especiais russos e ucranianos de estarem por trás do incidente.
O movimento Femen, fundado na Ucrânia e agora sediado em Paris, realiza há vários anos ações em todo o mundo para denunciar o sexismo e a discriminação contra as mulheres.
O grupo também denuncia a homofobia, o conluio entre o Estado e a Igreja, regimes autoritários e fraudes eleitorais.
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