As ativistas do Femen, grupo de mulheres que realizam protestos na Europa por diversas causas, afirmaram ao jornal Folha de S. Paulo que a organização fará protestos nos jogos da Eurocopa, entre 8 de junho e 1º de julho, na Ucrânia e na Polônia, países-sede da competição.
A jornalista Inna Shevchenko, porta-voz do Femen, diz que as mulheres do grupo não vendem seus corpos ao protestarem seminuas, e sim os utilizam para passar uma mensagem. Para elas, a Eurocopa será uma "tragédia" para as mulheres ucranianas, e que os turistas vão assistir a duas horas de futebol por dia e buscar "bebida e sexo" no tempo restante. A jornalista também declarou que pretende visitar o Brasil, o que ainda não aconteceu por limitações financeiras do grupo feminista.
O Femen luta contra o turismo sexual e é radicalmente contra a realização da Euro na Ucrânia, nação europeia que mais exporta garotas de programa. "Vamos atacar todos os encontros oficiais, todas as partidas, tudo que tiver alguma ligação com a Eurocopa", promete a ativista em entrevista à Folha de S. Paulo.
As mulheres que fazem parte do Femen já realizaram diversas ações desde 2008
Foto: Reuters
A ex-nação soviética é a maior exportadora de garotas de programa da Europa. Segundo o Instituto de Estudos Sociais da Ucrânia, o país tinha no ano passado 50 mil prostitutas. O grupo diz que o número é bem maior. "Temos grandes recursos: mulheres lindas, pobres e de pouca educação. É muito fácil usá-las como escravas", diz a porta-voz do Femen.
Grupo também quer agir no Brasil
O grupo, que antes de inserir os topless nos protestos não era famoso nem dentro de seu próprio país, considera que a melhor forma de lutar contra a exploração sexual é usando o seu sex appeal. O Femen tem planos audaciosos para o futuro. Quer se espalhar pelo mundo e ter uma "universidade" para as ativistas.
O processo de internacionalização já começou. França, Turquia, Bélgica, Itália, Rússia e Belarus são alguns dos locais que receberam a organização. E um dos próximos alvos das feministas é o Brasil. Segundo a porta-voz do grupo, Inna Shevchenko, elas só não visitaram o país ainda devido a limitações financeiras.
"Sabemos que a indústria sexual é muito forte no Brasil, que há crianças e adolescentes se prostituindo. Vamos encontrar um jeito de ajudá-las. Precisamos fazer isso para poder influenciar as bravas mulheres brasileiras."
Via: gaz.com.br
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