Várias activistas do grupo FEMEN realizaram um protesto em topless junto à embaixada da Tunísia em Paris, exigindo a libertação de três mulheres que vão ser julgadas na Tunísia na sequência de uma manifestação semelhante.

Três mulheres europeias vão ser julgadas pelo crime de «atentado ao pudor», após terem protestado de tronco nu em frente ao Palácio da Justiça da Tunísia.

Pauline Hillier, Marguerite Stern e Josephine Markmann, duas francesas e uma alemã, protestaram no mês passado na Tunísia contra a condenação de Amina Tyler, colega tunisina do grupo que mostrou os seios num protesto online.

Os advogados que representam vários grupos islamistas fizeram uma petição para adiar o julgamento de modo que se pudessem juntar ao grupo de acusação, segundo o Daily Mail.

Note-se que na Justiça da Tunísia, grupos exteriores podem juntar-se a um julgamento como parte da acusação, processando os réus e sendo susceptíveis de serem indemnizados.

Com a confirmação do adiamento do julgamento chegou também a confirmação que as três activistas vão permanecer detidas.

Em Paris, o movimento levou as activistas a colocarem-se na posição de oração, exibindo mensagens escritas no corpo que incluíam «Alá fez-me livre», ou «A libertação da Mulher está para breve».

«Estamos num país muçulmano. Temos os nossos hábitos e tradições. Elas vieram aqui e ofenderam os nossos valores morais tunisinos», disse um elemento da acusação.

Os advogados das detidas tentaram contra-argumentar, mas sem sucesso, reconhecendo que é um «alívio» que a acusação seja de indecência em público em vez de algo mais grave.

«Vi-as durante um breve momento», disse um dos advogados de defesa. «Espero que elas sejam moralmente fortes e suficientemente corajosas para lidarem com a situação», acrescentou Yvan Terrel, citado pela EuroNews.

Entretanto, de acordo com o mesmo site, uma activista ucraniana do FEMEN, Oleksandra Shevchenko, já está em casa, depois de ter sido expulsa da Tunísia, onde se tinha deslocado para apoiar as colegas em julgamento.

As autoridades daquele país do Norte de África explicaram que temiam um protesto «indecente» da parte da ucraniana.

AVISO: O VÍDEO QUE SE SEGUE CONTÉM NUDEZ

Via: diariodigital.sapo.pt

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