Dezenas de pessoas, dentre elas ativistas do grupo feminista Femen, protestaram nesta quinta-feira (16) contra a abertura da primeira "casa da Barbie" em tamanho real da Europa. Os manifestantes criticaram o viés sexista do empreendimento. O espaço de 2.500 m², pintado de rosa bombom, é uma réplica fiel da casa da famosa boneca. Distante apenas alguns metros da praça Alexander Platz, no centro da capital alemã, a casa da Barbie abriu suas portas na manhã desta quinta. A entrada custa 22 euros.
Na entrada do local, os militantes - alguns fantasiados - criticaram a "imagem perfeita" passada pela Barbie, "uma imagem que, na realidade, ninguém pode alcançar". "Não queremos este ideal", explicou o manifestante Lars, 28 anos, que usava peruca loira e óculos de sol, uma sátira à boneca americana. "Não queremos que as crianças alimentem sonhos que só podem ser alcançados através de intervenções cirúrgicas ou modificações físicas", disse Lars.
Pendurada na fonte em formato de sapato, uma manifestante do coletivo feminista Femen queimou um crucifixo que teve a imagem de Jesus substituída por uma Barbie. No colo nu da manifestante era possível ler a frase "life in plastic is not fantastic", referência à canção "Barbie Girl", do grupo Aqua.
Depois que a militante do Femen saiu da fonte, outro manifestante pegou o crucifixo para jogá-lo contra o sapato. Homens que faziam a segurança do local impediram o gesto, provocando breve tumulto. Durante a tarde, outra manifestação, dessa vez organizada por um coletivo chamado "Occupy Barbie-Dreamhouse", alusão ao movimento popular nova-iorquino "Occupy Wall Street", reuniu dezenas de pessoas. (AFP)
Via: cruzeirodosul.inf.br
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