Josephine Witt, cujo nome verdadeiro é Josephine Markmann, confirmou ter sido a protagonista da inesperada "invasão" da conferência de imprensa do Banco Central Europeu (BCE), esta tarde.
A jovem nasceu há 21 anos em Hamburgo, na Alemanha, e pertenceu durante alguns anos ao movimento feminista FEMEN, conhecido pelos seus protestos em topless e com coroas florais nas cabeças. Agora considera-se uma "ativista freelancer".
The #confetti-attack was not a #femen protest, I'm sorry ladies. I consider myself a freelance-activist. #exfemen #ecb Free Riot!
— Josephine Witt (@josephine_witt) 15 abril 2015
Josephine, depois de ter sido expulsa pelos seguranças, já colocou vários tweets a declarar que foi ela a autora do incidente. O site do movimento também já o confirmou.
Quando saltou para cima da mesa onde estava Mario Draghi, presidente do BCE, Josephine atirou ao ar vários confetes e algumas folhas escritas. O conteúdo, porém, não se sabia qual era. Mas a jovem já fez questão de partilhar no Twitter uma cópia dessa carta.
Nela pode ler-se que as pessoas "são donas de si mesmas" mas, devido ao poder que o BCE exerce, dificilmente se lembram disso. "BCE, mestres do Universo, eu venho lembrar-vos que não existe Deus, mas existem pessoas e, se vocês continuam a dar ordens em vez de nos servirem, vão-nos ouvir em todo o lado e não terão descanso", continua.
No final da carta, a jovem afirma que esta quarta-feira foi "uma borboleta a enviar uma mensagem ao BCE", e promete que não vai ficar por aqui.
the leaflet i printed out yesterday, just if anybody asks what i was throwing at #draghi at #ecb #confettigate today! pic.twitter.com/w3VrnWfKZR
— Josephine Witt (@josephine_witt) April 15, 2015
A jovem foi membro do FEMEM há alguns anos e até já teve problemas com a justiça por protestar em sítios menos apropriados. Em 2013, Josephine e mais duas jovens foram condenadas, na Tunísia, a quatro meses de prisão por atentado ao pudor e aos bons costumes. As três jovens protestaram de peito descoberto em frente ao Palácio da Justiça da Tunísia, para pedir a libertação da feminista tunisina Amina Esbui, que estava em prisão preventiva.
Ainda em 2013, a jovem foi acusada de provocar perturbar a ordem pública na Alemanha, depois de ter protestado em topless no dia de Natal na Catedral de Colónia. O objetivo era chamar a atenção para as estruturas "dos poderes conservadores" na Igreja Católica. As imagens mostram a jovem a tirar o seu casaco de cabedal e a subir ao altar onde despiu-se de preconceitos e mostrou o seu peito nu com as palavras "Sou Deus". Na altura, Josephine declarou aos jornalistas que foi expulsa da catedral pelos seguranças mas ficou detida até ao final da missa que estava prestes a começar.
"we will find our radical answers
and act with no violence"
#ecb #butterfly #freeriot pic.twitter.com/fbSQ2zAS9h
— Josephine Witt (@josephine_witt) April 15, 2015
Via: expresso.sapo.pt
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