Enquanto ativistas do grupo Femen Brasil protestavam ontem contra os cinco assassinatos cometidos no Itaim Paulista, Zona Leste, pelo serial killer Eduardo Sebastião do Patrocínio, de 42 anos, um vizinho do acusado fazia ao DIÁRIO uma queixa mais séria. Com medo de represálias, ele preferiu não se identificar, mas revelou que a segunda morte confessada pelo criminoso (ocorrida em 12 de maio de 2012) foi denunciada por ele naquele mês pelo Disque-Denúncia.
Indignado, o denunciante disse que três mortes poderiam ter sido evitadas. “Quero saber o que fizeram com a minha denúncia. Informei pelo telefone que o segurança do bairro tinha visto a moça brigar com esse homem (Patrocínio) horas antes da morte dela. Quando eu soube, passei o nome do suspeito, o endereço, as características físicas, tudo o que me pediram. Mesmo assim, ele continuou a matar”, lamentou.
O morador do bairro que denunciou o serial killer recebeu um número de protocolo do Disque-Denúncia: 57930512. Segundo a assessoria do Instituto São Paulo Contra a Violência, a denúncia existe e foi encaminhada a autoridades competentes. A Secretaria da Segurança Pública pediu para que as polícias fizessem levantamento do protocolo. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a denúncia chegou ao 50Distrito Policial (Itaim Paulista), foi anexada ao inquérito e remetida ao DHPP. Mas, não soube dizer quais foram as providências tomadas à época.
Pelas vítimas/ Mulheres do grupo feminista Femen protestaram, com os seios à mostra, na Liberdade, região central de São Paulo, ontem de manhã. Elas exibiram cartazes repudiando a morte de prostitutas. “Fui prostituta. Mereço morrer?”, dizia um deles.
Via: diariosp.com.br
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