Tunísia Tribunal ordena libertação de militantes do Femen

"O veredicto foi entregue. Foi suspensa a sentença de quatro meses e um dia de prisão. Elas serão libertadas nas próximas horas", disse o advogado de defesa tunisino Souhaib Bahri à agência noticiosa AFP.

A decisão surge depois de o primeiro-ministro da Tunísia, Ali Larayedh, afirmar, numa entrevista publicada hoje por um jornal belga, que se a justiça não libertar as três militantes europeias do movimento Femen, detidas em Tunes, deverá ser o poder político a fazê-lo.

"Espero que este assunto seja encerrado o quanto antes. Se a justiça tunisina não as libertar, devemos libertá-las nós. O Presidente da República dispõe do direito de indultar entre as suas competências", disse Larayedh ao diário Le Soir, por ocasião da sua visita a Bruxelas.

"Dito isto, considero que estas jovens agiram de forma ofensiva para o sexo feminino, não usaram nem o meio nem o gosto certo. Mas elas não podem ser maltratadas e têm direito a um julgamento justo", acrescentou Larayedh, do partido islamita no poder, Ennahda.

As três militantes - duas francesas e uma alemã - regressaram hoje a tribunal, em Tunes, depois de terem sido condenadas em primeira instância a quatro meses de cadeia por se terem manifestado com os seios à mostra em apoio a Amina Sboui, militante tunisina do movimento Femen presa desde 19 de maio.

Amina Sboui, também conhecida como Amina Tyler, foi detida quando pintava a palavra "Femen" no muro de um cemitério em Kairouan.

Amina foi condenada, a 30 de maio, ao pagamento de uma multa de 300 dinares (150 euros) pela posse de um aerossol defensivo, mas arrisca dois anos de prisão por profanação de sepultura e seis meses por atentado aos bons costumes.

As declarações do primeiro-ministro tunisino surgem depois de, na terça-feira, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, ter apelado à Tunísia para que altere o seu código penal de forma a garantir a liberdade de expressão a todos os tunisinos.

Durão Barroso falava em conferência de imprensa após um encontro em Bruxelas com o chefe do Governo da Tunísia.

À saída do gabinete de Durão Barroso, outras três militantes da Femen realizaram mais uma ação de protesto.

As militantes, que tinham escritas na pele frases como "Libertem Amina" e "Fim à opressão", subiram para o carro oficial do primeiro-ministro tunisino antes de serem interpeladas pela polícia.

Via: noticiasaominuto.com


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