No dia 11 de março, a jovem tunisiana Amina Tyler, de 19 anos, fez uma foto de protesto pelo direito das mulheres. Na foto, ela aparece com os seios à mostra e com frases escritas no corpo: “Meu corpo me pertence, não é uma fonte de honra de ninguém” e “F…-se a moral”. Ela criou uma página do Femen na Tunísia no Facebook, dando início ao grupo feminista no país, e postou a foto. A publicação não só iniciou uma grande controvérsia como também gerou ameaças de morte para Amina, que desde então está incomunicável.
A polêmica começou quando o líder da organização religiosa salafista “Associação Moderada para a Conscientização e Reforma”, Almi Adel, disse ao jornal Assabah News que Amina deveria ser punida com 80 a 100 chibatadas. E foi além, argumentando que ela poderia até mesmo ser condenada à morte por apedrejamento, como conta o jornal tunisiano Kapitalis.
Após a entrevista do líder religioso, o grupo Femen da França – que aceitou Amina como ativista em fevereiro – disse que não conseguia mais entrar em contato com a tunisiana, e que temia que ela tivesse sido presa ou morta. Segundo o portal Huffington Post, rumores diziam que Amina foi forçada por sua família a se internar em um hospital psiquiátrico em Tunis.
Segundo o jornal francês Le Figaro, no entanto, Amina não foi internada.
Segundo o Femen da França, essa advogada representa a família de Amina, e não a ativista. As ativistas só vão parar com a campanha de apoio a Amina quando conseguirem contato direto com ela. Uma petição online pedindo que o governo tunisiano proteja a ativista já conta com mais de 80 mil assinaturas.
Foto: Femen da França/Facebook
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