Braço brasileiro do Femen mira efeitos negativos da Copa de 2014

Sara Winter em ação na Marcha das Vadias em São Paulo. Foto: Amauri Nehn/Brazil Photo Press/ AEGrande parte das pessoas que têm reservas em relação ao Mundial de 2014 ou às Olimpíadas de 2016 se limita a manifestar desaprovação via internet ou repetindo o mantra 'esse é o país da Copa' sempre que se depara com alguns dos muitos problemas típicos do cotidiano brasileiro.

A discussão também é limitada ao uso de dinheiro público em obras, escândalos envolvendo a CBF ou ao desempenho da seleção brasileira. Pouco se debate os impactos sociais dos dois eventos.  Por conta disso, o blog Futebol 5 Estrelas entrevistou a ativista Sara Winter,19, fundadora do Femen no Brasil.

Sara Winter (nome fictício para preservar o nome de sua família) tem uma opinião bem clara sobre os dois eventos. "Nós do Femen Brasil sabemos de todos os benefícios que um evento como esse pode trazer ao país. Somos contra os malefícíos que eles podem trazer como aumento do tráfico e do turismo sexual", explica.

O Femen é uma organização de alcance global de origem ucraniana que luta pelos direitos das mulheres e contra o turismo sexual. A entidade se notabilizou por suas ativistas protestarem com os seios à mostra e encabeça umas série de protestos contra a Euro 2012.

Femen promete fazer barulho na Euro 2012

A estudante de cinema é natural de São Carlos (255 km da capital paulista) e teve seu primeiro contato com o grupo em outubro do ano passado. "Li uma notícia sobre um protesto do Fémen em outubro do ano passado e entrei em contato com as duas porta-vozes do movimento via Facebook e conversei bastante sobre isso", explica.

Da conversa inicial com as ativistas ucranianas até fundar um braço da entidade aqui passaram-se alguns meses. "Achei que a causa iria ganhar muitas adeptas aqui, já que nosso país também sofre muito com o turismo sexual. Mas, o tempo passou e ninguém fez nada... Achei que era hora de agir", resume.

FemenAtivistas do Femen em novo protesto contra a Euro

Ativismo solitário

E se o Femen atrai muitas adeptas na Ucrânia, no Brasil, Sara foi durante um bom tempo a única ativista na causa do país. "Na virada Cultural eu protestei sozinha e na marcha das vádias entrei em contato com muitas meninas interessadas, mas não passou disso", resume. Ela só ganhou apoio após dar uma entrevista para a TV Folha, veículada no último domingo. Na reportagem de Diogénes Muniz, ela apresenta algumas das principais causas do Femen e suas posições no Brasi. "Depois disso eu fui procurada por muita gente interessada na causa", conta Sara.

Topless como ferramenta de marketing

Sara também explica a razão das ativistas do Femen protestarem de topless. "Isso foi uma tática de marketing desenvolvida lá. O coletivo só ganhou notoriedade  na mídia depois que essa estratégia foi adotada", explica.

Segundo ela, o ato de protestar de topless também serve para mostrar que o corpo é das mulheres. "Os seios não têm apenas conotação sexual. Ele é um símbolo de identidade feminina", conta.

Sara vai embarcar para a Ucrânia nos próximos dias para participar dos protestos contra a Euro. A viagem foi viabilizada por conta de uma doação de R$ 2000 do grupo, mas o dinheiro ainda não é suficiente. "Consegui completar o dinheiro da passagem com meu salário e estou arrecandando dinheiro pela internet para me manter lá", diz. Quer ajudar? Você pode contribuir clicando aqui.

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Via: br.esportes.yahoo.com


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