Ambas de famílias muçulmanas, as ativistas, com idades de 25 e 31 anos, subiram no palco do evento de topless gritando "Ninguém pode me escravizar, ninguém pode me possuir, eu sou o meu próprio profeta!”, enquanto dois imãs discutiam se era justo ou não bater em mulheres muçulmanas. Os dizeres também estavam escritos em seus corpos.
As ativistas foram expulsas de forma truculenta por seguranças e apoiadores do evento, causando um grande tumulto no palco. Em vídeo publicado pela RT, é possível ver um homem não identificado empurrando e chutando-as no momento da expulsão.
FEMEN publicou uma nota em sua página online explicando que o protesto de suas ativistas era voltado contra a misoginia e a violência contra mulheres, ambas muito comuns entre as comunidades muçulmanas.
“FEMEN faz apelo para uma oposição missiva contra os crescentes integrismos misóginos e para uma forte resposta por parte das nossas instituições. Misoginia é ilegal. O sexismo é um tipo de racismo. A escravidão moderna é crime. Vamos condená-los juntos e vamos lembrá-los sem nunca perder nem um milésimo de força: Ninguém pode me escravizar, ninguém pode me possuir, eu sou o meu próprio profeta!” – dizia o comunicado do FEMEN France, chamando as duas ativistas envolvidas no protesto de “nossas jihadistas topless”.
De acordo com o a imprensa francesa, as feministas foram liberadas pela polícia logo após o incidente, que ainda será investigado pelas autoridades. Os organizadores da conferência, por sua vez, anunciaram um plano para processar as ativistas.
“Tendo sido vítimas de um ataque anti-muçulmano por parte da mídia no início desta semana, é necessário que a comunidade [islâmica] se reúna e se mobilize” – diz uma mensagem publicada na página de Facebook da conferência.
A programação do evento, chamado de 3º Salão Muçulmano e realizado na comuna francesa de Pontoise, em Val d'Oise, incluía uma série de palestras temáticas e oficinas de culinária e vestimentas.
Dias antes, uma petição publicada pelo site Change.org reuniu mais 8 mil assinaturas pedindo a proibição do salão e denunciando os imãs Nader Abou Anas e Mehdi Kebir, que lideraram o evento, como fundamentalistas misóginos que defendem o estupro conjugal e outras tomas de violência de gênero.
Via: br.sputniknews.com
Short link: Copy - http://whoel.se/~VXLuO$6Ht