Femen: autopromoção ou novo feminismo?

(Foto: RBC)Tem quem aprova, tem quem abomina. Elas estão longe de ser unanimidade, mas rebatem as críticas botando a cara e os peitos nas ruas e nas redes sociais para protestar. Na comemoração de um ano de trabalho do Femen Brazil, questionamos: o grupo é mesmo um novo feminismo ou só autopromoção de rostinhos bonitos e corpos esguios bem desenhados? Especialistas e ativistas dão o seu depoimento sobre o assunto.

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O Femen

Para quem ainda não conhece, o Femen surgiu na Ucrânia em 2008 combatendo principalmente o turismo sexual crescente na Europa, mais precisamente naquele país que tem os índices mais alarmantes de exploração, tráfico sexual e prostituição. Elas começaram a chamar a atenção justamente pelo considerado estilo agressivo de combate com a nudez dos seios e palavras de ordem escritas no corpo. Uma das ações mais marcantes foi durante a Eurocopa em 2012 onde chegaram até a fazer uma ação com a taça de premiação nas mãos.

Segundo as organizadoras do Femen, eventos esportivos gigantescos como o torneio realizado em conjunto pela Polônia e Ucrânia no ano passado são os maiores incentivadores para a exploração sexual feminina e o aumento do turismo sexual, que, velado com os pacotes de ingressos de futebol e hospedagens, inclui a prostituição como "serviço extra". A denúncia tem fundamentos, mas pela gravidade e exposição que ganhou, gerou repressão, prisões e perseguição às fundadoras da organização. Por consequência, ainda mais repercussão.
Homem chuta uma ativista do grupo Femen, durante protesto na capital francesa. (Foto: AFP)

Neste período de quatro anos de atividade, o Femen ganhou a adesão de uma brasileira que inclusive esteve nos protestos da Eurocopa, chegou a ser presa e trouxe pra cá os conhecimentos e a licença de responder pela entidade localmente. Sara Fernanda Giromini, mais conhecida como Sara Winter, fundou o Femen Brazil em 1 de abril de 2012 e ganhou notoriedade na mídia, por conta da fundação e sua participação com os protestos das ativistas mundialmente famosas.

Desde então, o movimento ganhou também outras sedes na França, Alemanha, Holanda, EUA, México, Austrália e até na Tunísia, local que é pano de fundo para um dos protestos mais recentes envolvendo a ativista Anima Tyler. E se expande agindo contra outras frentes de exploração: a econômica e os protestos em Davos, contra as eleições presidenciais na Ucrânia e contra o embate entre Putin e a banda Pussy Riot. Além dos enfrentamentos físicos, o Facebook, principal veículo difusor das ações dos grupos espalhados pelo mundo, agora camufla os seios expostos - fato que se estende a qualquer mulher que poste fotos do tipo na Rede, não exclusivo delas. E também uma recente invasão de hackers. Fato é que o movimento também tem tido adesão de homens e dá margem maior a dois pontos polêmicos que fazem com que esse ativismo do Femen seja bastante criticado: a vasta exposição na mídia e via redes sociais e a beleza das integrantes. Houve quem especulasse que eram ações de marketing de guerrilha com modelos contratadas para 'tumultuar' os eventos.

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Via: br.mulher.yahoo.com


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