Hackers islamitas tomaram o controlo da página do Facebook do grupo feminista Femen-Tunísia, após a divulgação de fotos de duas jovens tunisinas com os seios descobertos.
«Graças a Deus hackeamos esta página imoral e o melhor ainda está para vir», indicou o hacker, que assina como «al-Aangur».
«A página foi hackeada e, se Deus quiser, estas sujeiras desaparecerão da Tunísia», acrescentou.
O hacker substituiu nesta página as fotos de diversas ações com seios decobertos do Femen em todo o mundo por vídeos de suras do Alcorão, imagens que ilustram a profissão de fé do islão.
O Femen, um grupo de feministas ucranianas que agora está instalado em Paris e que foi imitado em vários países de todo o mundo, é conhecido desde 2010 pelas suas acções «topless» para denunciar o sexismo, a homofobia, a prostituição e a religião.
Duas jovens tunisinas divulgaram nos últimos dias na internet fotos delas próprias com o peito descoberto, depois de terem escrito sobre os seios em letras pretas e em árabe «O meu corpo pertence-me, não representa a honra de ninguém».
Há duas semanas que surgem especulações na imprensa tunisina sobre uma acção das feministas ucranianas e francesas na Tunísia, onde o atentado contra o pudor pode ser castigado com seis meses de prisão.
Desde a década de 1950, as mulheres tunisinas têm os direitos mais avançados no mundo árabe, mas persistem muitas desigualdades, sobretudo em matéria de herança.
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