Femen decreta fim de filial brasileira: "Não nos representa"

Femen decreta fim de filial brasileira: "Não nos representa"


A filial brasileira da organização feminista Femen não existe mais. A informação foi dada por uma das fundadoras do movimento original, a ucraniana Alexandra Shevchenko, em entrevista ao jornal Zero Hora. Segundo ela, a dissolução da organização no Brasil se deve aos problemas que tiveram com a sua organizadora no país, a paulista Sara Winter, que confirmou a notícia.

“Gostaria de dizer algo que imagino seja novo para vocês. Não temos mais Femen Brazil. A pessoa que nos representava, Sara Winter, e que tem sua própria conta no Facebook, o Femen Brazil, não faz parte do nosso grupo. Tivemos muitos problemas com ela. Ela não está pronta para ser líder. É uma pena, mas essa decisão faz parte do nosso crescimento como movimento honesto. O Femen Brazil não nos representa”, disse Shevchenko ao jornal.

Reprodução/Facebook

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A ucraniana não deu mais detalhes sobre a decisão, mas prometeu que o movimento será reconstruído no país.

Por sua vez, Sarah confirmou atritos com a matriz ucraniana. "As ucranianas são muito autoritárias. Em vários aspectos discordamos da postura delas, como no caso do comportamento discriminatório que elas tem com relação às mulheres islâmicas. Somos a favor da pluralidade religiosa", afirmou.
 


Ela afirma que não recebeu a ajuda de custo prometida para poder se dedicar somente ao movimento de maneira regular. No entanto, ela afirma que, mesmo sem o nome, pretende continuar organizando protestos.

Também afirmou ao Zero Hora que a organização lhe exigia ações “absurdas”: “Elas queriam que eu contratasse um helicóptero para desenhar um símbolo do Femen no Cristo Redentor. Como iria fazer uma coisa dessas? Queriam que eu encontrasse uma cruz de madeira no Rio ou em São Paulo e serrasse?”.

Histórico

O Femen é um coletivo de ativistas feministas que nasceu na Ucrânia em 2008 e ganhou ramificações em diversos países, que chama a atenção da mídia tradicional nos protestos em que participa pelo “ativismo de topless”.

Agência Efe (16/05/13)

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No entanto, a atuação de Sara, que chegou a ser presa diversas vezes durante protestos realizados no país, sempre foi vista como controversa e criticada por diversos grupos feministas.

Em 2011, a então vice-presidente do grupo, Bruna Themis, decidiu sair em razão de discordâncias pela forma com que Sara organizava o movimento, como por exemplo , rejeitar integrantes acima do peso (o que Sara nega). Seu passado ligado a grupos de skinheads e sua homenagem à ex-premiê britânica Margaret Thatcher, que morreu no mês passado. Em resposta ao blog BiDê Brasil, a filial britânica do Femen respondeu dizendo que Thatcher não é um símbolo feminista.
 

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